O diagnóstico do TDAH é como montar um quebra-cabeça complexo, envolvendo peças de históricos pessoal e familiar, observações comportamentais e avaliações profissionais. Não existe um exame de sangue ou imagem que por si só diagnostique o TDAH. Profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, utilizam critérios clínicos detalhados, geralmente incluindo questionários e entrevistas com pais, professores e o próprio indivíduo. É essencial avaliar a presença dos sintomas em diferentes ambientes e se estes impactam significativamente na vida diária do indivíduo.
O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um processo clínico complexo, pois envolve a avaliação de comportamentos de desatenção, hiperatividade e impulsividade que são consistentes e prejudiciais ao funcionamento diário do indivíduo. Embora não existam testes laboratoriais ou psicológicos definitivos para o diagnóstico de TDAH, as diretrizes clínicas enfatizam uma abordagem multidimensional. Esta inclui uma revisão cuidadosa dos sintomas relatados por pais, professores e pelo próprio indivíduo, além da observação clínica direta. A avaliação deve considerar os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) para fundamentar o diagnóstico, levando em conta também a possibilidade de comorbidades, como transtornos de ansiedade e depressão, que podem complicar o quadro clínico (Wolraich et al., 2011).
Além disso, o uso de tecnologias computadorizadas de avaliação objetiva, como testes de desempenho contínuo (CPT) e monitoramento por infravermelho da atividade, vem ganhando atenção como ferramentas complementares para reduzir a incerteza diagnóstica e acelerar o processo de diagnóstico e tratamento. Essas tecnologias buscam oferecer dados objetivos sobre os níveis de atenção, impulsividade e atividade, contribuindo para um diagnóstico mais preciso e informado. A inclusão desses instrumentos na avaliação clínica pode auxiliar os profissionais a tomarem decisões mais embasadas quanto ao diagnóstico e ao planejamento terapêutico, promovendo uma abordagem mais eficaz e personalizada no manejo do TDAH (Hall et al., 2014).